O RPG Clair Obscur: Expedition 33 está fazendo bastante barulho desde seu lançamento em 2025. Mas não se engane, ele vai muito além de apenas incorporar elementos de outros jogos do gênero. Essa obra mergulha de cabeça em referências culturais, especialmente na literatura francesa, que poucos jogadores têm acesso em português ou inglês.
Uma das principais inspirações para Clair Obscur vem do romance “La Horde du Contrevent”, escrito por Alain Damasio. Publicado em 2004, o livro traz a história de um grupo de exploradores em uma jornada épica repleta de simbolismo. O diretor criativo do jogo, Guillaume Broche, mencionou que muitos dos elementos mais sutis dessa obra se perdem nas traduções. Para realmente aproveitar a profundidade da narrativa, aprender francês pode ser uma boa ideia.
E não é só um jogo, mas uma verdadeira celebração da cultura e da linguagem. O título “Clair Obscur” refere-se a uma técnica artística que brinca com o contraste entre luz e sombra, um tema que está presente tanto na estética quanto na narrativa do jogo. A produção também se inspira na Belle Époque, um período marcante da história francesa, trazendo à tona sua estética e símbolos culturais, o que dá à aventura um caráter emocional único.
As influências que moldaram Clair Obscur vão além da literatura. A equipe de desenvolvimento se inspirou em clássicos dos RPGs japoneses, como a série Final Fantasy, além de outros jogos de ação. Essa mistura de referências fez com que o mundo do jogo fosse ao mesmo tempo familiar e surpreendente, criando uma experiência que atrai jogadores que buscam algo além das mecânicas tradicionais.
No final das contas, Clair Obscur: Expedition 33 é mais do que um RPG comum. É um convite para explorar referências culturais que vão além das barreiras linguísticas e artísticas. Para quem adora narrativas ricas e complexas, entender um pouco de francês pode ser não apenas útil, mas essencial para aproveitar ao máximo essa experiência.
