Voltamos no tempo para contar sobre o avanço dos FPS (First Person Shooter). Este gênero passou por diversas evoluções a partir dos anos 2000, com importantes inovações que deixaram um legado marcante, incluindo gráficos 3D refinados e novas maneiras de jogar online.
Halo: Combat Evolved (2001)
Este jogo sci-fi foi um divisor de águas ao otimizar a jogabilidade para consoles, facilitando o uso do controle com a introdução dos dois analógicos — um para mirar e outro para andar. Com um botão específico para lançar granadas e o conceito de coronhadas que poderiam eliminar inimigos instantaneamente, Halo incentivou a ação furtiva. O supersoldado Master Chief também tinha acesso a veículos terrestres e espaciais, permitindo manobras em vastos campos de batalha. A mecânica de carregar apenas duas armas trouxe um realismo tático, obrigando os jogadores a escolher sabiamente. Além disso, o sistema de recuperação de vida automática proporcionou uma jogabilidade mais fluida.
Halo definiu a jogabilidade de todos os FPS mais atuais, com toda a sua mecânica sendo utilizada até hoje e atualizada, mas sem perder a essência do controle do jogo.
Battlefield 1942 (2002)
O sucesso do Battlefield 1942 se deve ao multiplayer local com 64 jogadores, onde era possível escolher entre as forças dos Aliados ou do Eixo na Segunda Guerra Mundial. A grande novidade, além da quantidade de jogadores, eram os amplos campos de batalha e a inclusão de diversos veículos, como tanques, jipes e aviões. Com uma dinâmica de combate em equipe e diferentes classes disponíveis, o jogo incentivava a cooperação para cumprir objetivos. A acuracidade na caracterização dos armamentos e cenários icônicos da época adicionava profundidade à experiência, tornando-a intensa e variada.
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Experiência imersiva de combate online, com largos campos de batalha e diversos veículos para auxiliar na frontline.
Call of Duty (2003)
O Call of Duty alterou a percepção dos jogos de guerra ao apresentar múltiplas perspectivas no single player, permitindo jogar com personagens dos Estados Unidos, Reino Unido e Rússia. O jogo trouxe uma inteligência artificial avançada para a época, com soldados que acompanhavam o jogador em missões, oferecendo uma experiência cinematográfica das batalhas da Segunda Guerra Mundial. A trilha sonora e os novos gráficos proporcionaram uma imersão sem precedentes.
Imersão de combate, com companheiros que falavam diretamente contigo, muitas vezes parecendo quebrar a quarta parede.
Call of Duty Modern Warfare II (2009)
Com um enredo bem elaborado e cinemáticas impressionantes, Modern Warfare II foi um marco na série. O jogo introduziu uma variedade de mecânicas, incluindo missões que envolviam o controle de veículos e um modo online robusto com ampla personalização de armas. A kill streak premiava os jogadores que eliminavam adversários consecutivamente, tornando as partidas ainda mais emocionantes.
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Campanha com enredo de filme, modo online robusto com personalizações de armas e habilidades.
Battlefield 3 (2011)
Com gráficos hiper-realistas e uma jogabilidade intensa, Battlefield 3 ofereceu um multiplayer local para até 64 jogadores, além de uma campanha single player cinematográfica. A destruição de ambientes foi um dos principais destaques, permitindo uma jogabilidade estratégica e desafiadora.
O game trouxe uma capacidade de destruição de ambientes não imaginada até então.
Shadow Warrior (2013)
Este remake feito pela Devolver Digital e 3D Realms trouxe uma jogabilidade única ao gênero, misturando elementos de Hack n Slash com FPS. Com 11 armas, incluindo uma katana poderosa, o jogo exigia habilidades específicas e tinha um sistema de aprimoramento que permitia aos jogadores melhorar a precisão e potência das armas.
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Jogabilidade frenética com comandos de jogos de luta em um game de tiro? Somente em Shadow Warrior isso foi tentado e executado com maestria.
O gênero FPS se reinventou muito nos últimos anos, buscando inspiração em clássicos e inovando em diversos aspectos. Com muitos títulos populares como Doom, Overwatch, Valorant e outros, o gênero continua a evoluir, mantendo-se relevante e emocionante. Confira na próxima parte como esses jogos estão dominando o cenário competitivo e mudando a percepção dos modos de jogo tradicionais.
Caso não tenha visto a parte 1 da série, veja neste link.
Revisão: Vitor Tibério
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