Avatar: Frontiers of Pandora – Da aclamação ao desconto drástico

Xbox (Imagem/IGN)

Uma longa lista de títulos dignos povoam a história dos jogos, produtos de qualidade com potencial esmagados pelas circunstâncias: datas de lançamento infelizes ou marketing deficiente (ou a falta total dele). O panorama parece se repetir com o recém-lançado Avatar: Frontiers of Pandora.

Avatar: Frontiers of Pandora. Fica a questão se é game trata-se de uma joia esquecida ou candidato a fracasso.
Xbox (Imagem/IGN)

Recepção crítica x recepção do público: dois lados da mesma moeda

O recente game da Ubisoft, apesar de conquistar pontuações de jogadores superiores às dos últimos Far Cry ou Assassin’s Creed, mergulhou em um surpreendente silêncio público. E mais surpreendente ainda, as vendas parecem refletir essa falta de conversa.

Menos de duas semanas após seu lançamento, as cópias físicas de Avatar: Frontiers of Pandora já são encontradas com descontos consideráveis em grandes varejistas. A oferta se estende da Target à Amazon, onde o preço inicial de US$ 70 teve um desconto de 29%, chegando a US$ 50. Na Best Buy, a quebra de preço é ainda maior, saindo a US$ 40, uma redução de 42% do valor original.

Estratégias de vendas desesperadas ou oportunas?

Definitivamente, uma redução tão expressiva em tão pouco tempo posterior ao lançamento não é prática comum no mercado de games. Especula-se que a ideia seja vender cópias físicas para serem distribuídas como presentes de Natal, mas ainda assim, é uma manobra rara de ser vista. Ressalta-se, no entanto, que os descontos se aplicam apenas às cópias físicas para PS5 e Xbox Series X/S, as edições digitais em lojas de console e PC ainda têm o valor de US$ 70.

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Preço reduzido: maldição para uns, bênção para outros

Embora soe como um golpe para a Ubisoft e para a Massive, a redução abrupta dos preços também tem um lado positivo. O corte no valor, curiosamente, fez Avatar: Frontiers of Pandora mais acessível a um público mais amplo que, talvez, não tivesse tido a oportunidade de se imergir na experiência a um custo mais elevado. Essa subvalorização, apesar de ser atípica no mundo dos games, pode acabar por servir como um potente vetor de disseminação, atraindo curiosos e aficionados que ainda não haviam tido a chance de explorar a deslumbrante Pandora por motivos financeiros.

De fato, é relatado que muitos jogadores obtiveram experiências lúdicas genuínas e prazerosas enquanto navegavam por Frontiers of Pandora, mesmo com as críticas contra o jogo. Esses momentos, mesmo que pontuais, sublinham a habilidade do jogo de engendrar momentos de diversão pura. Em resumo, o que podemos ver na curiosa situação de Avatar: Frontiers of Pandora é um exemplo emblemático de como o mercado do mundo dos games pode ser imprevisível e, às vezes, paradoxalmente generoso para os jogadores.

Desempenho além das expectativas ou naufrágio pós-lançamento?

Ambientado em cenários deslumbrantes, Avatar: Frontiers of Pandora atordoa pela beleza, mas para alguns, o jogo em si apresenta-se um tanto monótono. Além disso, alguns comparam o título a uma versão reskinnada de Far Cry. Bom, mas não excepcional. No entanto, por US$ 40, o saldo parece ser positivo para os usuários que se dispõem a experimentar o jogo.

Em meio a dificuldades, esperança de redenção

Fica evidente que Avatar: Frontiers of Pandora necessitava de uma estratégia de promoção mais impactante e uma data de lançamento que não ficasse à sombra de outros lançamentos de alto perfil de 2023. Até o momento, nenhum número oficial de vendas foi divulgado.

Mesmo passando por dificuldades, há planos confirmados para pelo menos dois DLCs com novas histórias para o jogo, as quais estão inclusas nas edições Gold e Ultimate. O primeiro, The Sky Breaker, tem previsão de lançamento para meados de 2024, enquanto o segundo, Secrets of the Spires, é aguardado para o final de 2024.

Encerramos com a pergunta: Avatar: Frontiers of Pandora está destinado à lista de “jogos que mereciam melhor” ou a trajetória está apenas começando?