Criador de Ori afirma: “Jogar meu jogo no Game Pass não ajuda nosso estúdio financeiramente”

Imagem: Microsoft/Divulgação

Thomas Mahler, um dos fundadores da Moon Studios e criador de Ori and the Blind Forest e Ori and the Will of the Wisps, trouxe à tona uma questão importante sobre o Xbox Game Pass e seu impacto financeiro nos estúdios de desenvolvimento. Em uma série de publicações no X (antigo Twitter), o criador de Ori expressou sua gratidão pelo suporte dos fãs, mas destacou que a melhor maneira de apoiar a Moon Studios é adquirindo os jogos, indicando que jogar títulos via Game Pass não contribui financeiramente para o estúdio.

O dilema do suporte financeiro

Mahler esclareceu que, embora a inclusão no Game Pass possa beneficiar estúdios menores através de taxas adiantadas e aumento de popularidade, a Moon Studios não recebe nenhum lucro adicional dos jogadores que acessam Ori através do serviço de assinatura. Isso levanta preocupações sobre a sustentabilidade financeira dos estúdios que dependem de vendas diretas de jogos em um ecossistema onde os títulos estão prontamente disponíveis via assinatura.

A relação com a Xbox Game Studios

Os jogos Ori foram desenvolvidos em parceria com a Xbox Game Studios, que apoiou financeiramente tanto o desenvolvimento quanto a publicidade dos títulos. Essa colaboração resultou no lançamento inicial dos jogos como exclusivos do Xbox One e PC, com versões posteriores para o Nintendo Switch e Xbox Series X|S. Desde 2019, os títulos publicados pela Xbox Game Studios são lançados no Game Pass no dia do lançamento, o que, segundo Mahler, pode afetar negativamente as vendas dentro do ecossistema Xbox.

Mahler destaca questões importantes da indústria e do Game Pass

A discussão trazida por Mahler ressalta questões críticas sobre o modelo de negócios dos serviços de assinatura de jogos e seu impacto nos desenvolvedores. Enquanto o Game Pass oferece uma vasta biblioteca de jogos para os consumidores por uma taxa mensal baixa, é fundamental considerar como isso afeta os criadores desses jogos, especialmente aqueles que não se beneficiam diretamente da exposição adicional que o serviço pode proporcionar.

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Esse debate não é apenas relevante para os desenvolvedores e publicadoras, mas também para os jogadores, que desfrutam do acesso aos títulos através do Game Pass.

Compreender as nuances do impacto financeiro dos serviços de assinatura nos estúdios é crucial para garantir um ecossistema de jogos vibrante e sustentável, onde a inovação e a criatividade possam prosperar.

A situação destaca a importância de encontrar um equilíbrio entre tornar os jogos acessíveis a um público mais amplo e garantir que os desenvolvedores sejam justamente compensados pelo seu trabalho. À medida que a indústria de jogos continua a evoluir, será importante continuar essas discussões e explorar modelos que beneficiem tanto os jogadores quanto aqueles que criam os jogos que amamos.