6 jogos que possuem significados escondidos

Imagem: 2K Games

Os jogos evoluíram significativamente ao longo dos anos, mergulhando em temas complexos que vão além das narrativas convencionais de adversidade e luta entre o bem e o mal. Muitos jogos modernos oferecem uma camada adicional de profundidade, tocando em conceitos filosóficos, políticos e sociais, muitas vezes escondidos sob a superfície de suas histórias principais.

Aqui estão alguns exemplos notáveis:

BioShock

Lançado em 2007, BioShock leva os jogadores à utopia subaquática de Rapture, uma cidade construída como um santuário para os melhores e mais brilhantes da humanidade, livre das restrições morais e governamentais da superfície. No entanto, o que os jogadores encontram é uma distopia em ruínas, assolada pela loucura e pela guerra. O jogo é uma crítica mordaz ao objetivismo, a filosofia promovida por Ayn Rand, explorando os perigos do individualismo extremo e da liberdade sem restrições. Ao fazer escolhas morais significativas, os jogadores enfrentam questões sobre ética, poder e a natureza humana.

Além de seus elementos inovadores de jogabilidade FPS/RPG, BioShock critica a filosofia do objetivismo de Ayn Rand. O jogo usa a cidade de Rapture e sua queda como uma alegoria para os perigos do individualismo extremo e do egoísmo.

The Stanley Parable

The Stanley Parable é uma experiência narrativa única que brinca com a noção de escolha e controle dentro dos videogames. Lançado inicialmente como um mod de Half-Life 2 em 2011 e, posteriormente, como um jogo standalone em 2013, desafia as convenções narrativas ao colocar o jogador no papel de Stanley, um homem comum cujas escolhas, ou a falta delas, são narradas por um onisciente e frequentemente sarcástico narrador. O jogo questiona a ilusão de agência em videogames, ao mesmo tempo em que reflete sobre a natureza da existência e do livre arbítrio.

Este jogo aborda a agência do jogador, ou a falta dela, e a relação entre jogador e desenvolvedor, ao mesmo tempo em que examina criticamente como os jogadores interagem com os jogos em um nível fundamental.

NieR:Automata

NieR:Automata, lançado em 2017, é um RPG de ação que se aprofunda em temas de existencialismo, desespero e a busca por significado em um mundo pós-apocalíptico devastado por uma guerra entre os remanescentes da humanidade e máquinas alienígenas. Através das jornadas entrelaçadas de seus protagonistas andróides, o jogo explora o que significa ser vivo, questionando a natureza da consciência, da identidade e do sacrifício. A narrativa é complementada por uma jogabilidade que mescla ação intensa com momentos contemplativos, criando uma experiência que permanece com os jogadores muito depois do fim do jogo.

Este RPG de ação é uma exploração profunda do niilismo e da busca por significado em um mundo pós-apocalíptico. O jogo desafia os jogadores a encontrar autoestima e propósito em meio à desolação.

Outer Wilds

Lançado em 2019, Outer Wilds é uma aventura de exploração espacial que coloca os jogadores no papel de um novo recruta de um programa espacial alienígena, explorando um sistema solar em miniatura preso em um loop temporal de 22 minutos que termina com a supernova da estrela central. Além de seu inovador design de jogo e quebra-cabeças baseados em física, Outer Wilds aprofunda-se em temas de curiosidade, fatalidade e a beleza da exploração, incentivando os jogadores a aceitar o inevitável enquanto desvendam os mistérios do universo.

Explorando temas de vida, morte e aceitação, Outer Wilds é ambientado em um sistema solar preso em um loop temporal de 22 minutos, culminando com a supernova da estrela central.

SOMA

SOMA, desenvolvido pela Frictional Games e lançado em 2015, é um jogo de terror e ficção científica ambientado em uma instalação de pesquisa subaquática. A narrativa mergulha em questões de identidade, consciência e o que significa ser humano, à medida que os jogadores enfrentam horrores biomecânicos e dilemas éticos profundos. SOMA usa o medo e a tensão não apenas como ferramentas de gameplay, mas como meios para explorar o horror existencial da consciência e a busca por significado em um mundo à beira da extinção.

Este jogo de horror apresenta uma narrativa filosófica sobre existencialismo e o que significa ser humano, explorando temas de consciência, realidade e identidade.

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Hotline Miami

Hotline Miami, lançado em 2012 pela Dennaton Games, é um jogo de ação frenético conhecido por sua dificuldade implacável, estética neon dos anos 80 e trilha sonora eletrizante. No entanto, além de sua superfície estilizada, o jogo oferece uma crítica mordaz à glorificação da violência nos videogames e na mídia, desafiando os jogadores a refletir sobre suas ações dentro do jogo e as consequências da violência desenfreada. Hotline Miami questiona a desensibilização à violência e o papel do jogador no ciclo de ação e retribuição.