Vampire: The Masquerade – Bloodlines 2 provoca divisões entre fãs

Após um longo e tumultuado processo de desenvolvimento, a tão esperada sequência de um dos RPGs mais queridos da década de 2000, Vampire: The Masquerade – Bloodlines 2, está prestes a ser lançada. A trajetória do jogo foi marcada por mudanças de estúdio, reescritas de roteiro e vários adiamentos, o que gerou uma expectativa enorme. Porém, as primeiras análises internacionais indicam que o título pode não ter conseguido se livrar completamente das sombras desse histórico conturbado.

Agora sob a responsabilidade da The Chinese Room, conhecida por jogos como Dear Esther e Amnesia: A Machine for Pigs, Bloodlines 2 busca equilibrar a herança do clássico da Troika Games com uma abordagem mais moderna. No entanto, essa tentativa de modernização parece ter custado um pouco da essência que fez o original ser tão especial. As críticas apontam que, ao priorizar uma experiência mais guiada e cinematográfica, o jogo perde a liberdade e a profundidade narrativa do seu antecessor.

Uma nova abordagem, nem sempre satisfatória

O jogo se passa em uma Seattle estilizada e sombria, oferecendo uma campanha imersiva e dois protagonistas jogáveis com histórias interligadas. Apesar disso, ele enfrenta sérias limitações estruturais. O mundo aberto é descrito como um tanto vazio, sem muitos incentivos para exploração. As missões secundárias parecem repetitivas, e os diálogos, por mais que sejam extensos, raramente afetam de fato o desenrolar da trama.

Por outro lado, os críticos reconheceram alguns acertos, como a direção de arte e a trilha sonora, que criam uma atmosfera envolvente. O roteiro principal também mantém o tom político e moralmente ambíguo que caracteriza o universo de Vampire: The Masquerade. Já o sistema de combate, embora tenha recebido melhorias em relação às versões iniciais, ainda é visto como travado e inconsistente, o que pode atrapalhar o ritmo do jogo.

Problemas técnicos e desempenho irregular

Além das questões de design, Bloodlines 2 enfrenta problemas técnicos em praticamente todas as plataformas. Muitos jogadores relataram quedas de desempenho, bugs visuais, inteligência artificial inconsistente e travamentos. Esses problemas técnicos contribuíram para uma pontuação modesta de 64/100 no Metacritic, com base em 21 análises até o momento.

O veredito da imprensa

A recepção da mídia especializada tem sido bem mista. A GameReactor elogiou o carisma dos personagens e a força do enredo, dando uma nota 8/10 e afirmando que, apesar dos defeitos, o jogo “tem alma e charme”. Por outro lado, a Wccftech foi mais cautelosa, com uma nota 7/10, destacando que, embora o título não seja um clássico, ele oferece momentos de diversão e uma história envolvente, recomendando a compra apenas com desconto. A PCGamesN foi ainda mais crítica, atribuindo uma nota 5/10 e afirmando que Bloodlines 2 “não recaptura a magia do original” e amplifica os piores elementos do primeiro jogo, como o combate desajeitado e falhas de desempenho.

Um legado difícil de carregar

A expectativa em torno de Vampire: The Masquerade – Bloodlines 2 era enorme, tanto por ser uma sequência direta de um dos RPGs mais cultuados do PC quanto por estar inserido em um dos universos mais ricos do gênero. No entanto, a tentativa de modernizar a experiência pode ter diluído um pouco do que tornava o título original tão especial.

Ainda há quem acredite que o jogo tem potencial. A ambientação densa e os temas de moralidade, poder e identidade continuam presentes, e alguns críticos esperam que atualizações futuras e correções de bugs possam melhorar a experiência. Vampire: The Masquerade – Bloodlines 2 está programado para ser lançado em 21 de outubro de 2025 para PC, PS5 e Xbox Series X/S.